Visitas ao Calipe, Longundo e Caponte

Olá, muito bom dia.

Depois de algum “silêncio”, aqui estamos de novo a dar conta de mais alguns passos da nossa missão.
As últimas três semanas ficaram marcadas por visitas a três centros: Calipe, Longundo e Caponte (um centro agrega a si várias aldeias).
 Depois de termos estado alguns dias na Donga com várias atividades de formação e reuniões diversas, no dia 8 de Setembro rumámos em direção ao Calipe para uma visita que foi breve, de apenas dois dias.
Depois de voltarmos todos ao Sumbe, no dia 11 eu e a Teresa subimos para a Donga de onde apenas regressámos ontem à noite. Aproveitámos estas duas semanas para ir cuidando da nossa horta e fazermos alguns trabalhos de melhoria das condições de acolhimento na sede da nossa missão. Nestes trabalhos tivemos a colaboração de várias pessoas.
Pelo meio fizemos visita aos centros do Longundo e Caponte, de quinta a segunda-feira. Em ambas as visitas a equipa partiu do Sumbe com o jipe carregado de todas as bagagens necessárias para esses dias de permanência e trabalhos a desenvolver. Eu e a Teresa partimos da Donga de motorizada, sendo conduzidos pelos nossos amigos Pedro Ernesto e Genito Jaime.
Para chegar ao Longundo de jipe foi preciso ir pelo Seles e percorrer 190 km., em 12 horas. Para chegar ao Caponte a equipa teve que passar pelo Bocoio, num total de 260 km, percorridos em 10 horas. De motorizada, atravessando por dentro do Gungo, por trilhos quase impossíveis, percorremos no primeiro caso 35 km e no segundo 30. Cada uma das viagens durou cerca de duas horas e meia. Se as picadas do Gungo estivessem abertas tudo seria bem mais simples e rápido.
Durante estas visitas foi dada particular atenção à área da saúde, dado que tínhamos connosco três médicas. As filas eram intermináveis e houve dias em que as consultas terminaram às 23:00 horas, à luz das lanternas e velas.
Mas também houve tempo para reuniões, catequese, culinária, economia doméstica, jogos didáticos e brincadeiras com crianças, celebração da Reconciliação e da Eucaristia, entre outras coisas.
No Caponte tivemos a despedida das manas médicas, tendo-lhes sido lida uma mensagem de agradecimento.
Nestes vários centros, bem como nos outros, somos sempre bem recebidos e sente-se como é importante para estas comunidades terem estas visitas que sempre as ajuda a diminuir o isolamento a que estão sujeitas. Impressiona sempre, apesar da extrema pobreza em que vivem, todo o cuidado que colocam no acolhimento da equipa.
Ficam as fotografias de uma visita que a equipa que equipa fez ao rio Cubal, junto ao Longundo e outra da celebração da missa no Caponte.
Um abraço para todos e boa semana.

P. Vítor Mira