quarta-feira, dezembro 29, 2010

Ó natale yiwa...

... como quem diz: Feliz Natal!

O natal no Gungo...

O natal no Gungo foi assim...

Celebração do Natal do Ondjoyetu

No passado domingo, dia 26 de Dezembro o Grupo Missionário Ondjoyetu celebrou o Natal no contexto de família missionária que é.
O encontro teve lugar no edifício do Seminário de Leiria, ao fim do dia.
Começou com um tempo de oração numa das capelas, a que se seguiu o lanche e depois a troca de presentes, muito simples, a maior parte feitos pelos próprios ofertantes. A troca foi feita com base num jogo de dominó. Foi entregue uma peça (em papel) a cada pessoa com dois símbolos. Depois cada um colocava a peça em cima da mesa, encontrando assim a pessoa a quem devia entregar o seu presente.
Foi uma festa simples mas bonita que permitiu fortalecer os laços de amizade e "cumplicidade" missionária entre os membros do grupo. Muitas vezes nos reunimos em trabalho e por isso fazem muito bem estes encontros mais informais e de convívio para que a "família" se torne mais unida. E, claro, o contexto do Natal ainda deu um sentido mais especial a este encontro.
P. Vítor Mira

sexta-feira, dezembro 24, 2010

Santo e Feliz Natal

Caríssimos amigos e amigas, o Natal está a chegar. É tempo de acolher Jesus que vem ao nosso encontro como príncipe da paz. O Grupo Ondjoyetu agradece todo o apoio que tem recebido de todos os seus amigos e deseja a todos um Santo e Feliz Natal com as maiores bênçãos do Deus menino. Partilho convosco um texto da Inês que nos conta como foi o seu último Natal no Gungo. Um abraço para todos vós. P. Vítor Mira Faz agora um ano vivi um dos Natais mais diferentes de todos. Um Natal no Gungo, um Natal em Missão. Um Natal sem as iluminações nas ruas, ou até nas casas, sem árvores de Natal, sem pais natal, sem correrias ou qualquer tipo de consumismo. Talvez um Natal bem diferente daquilo que todos nós estamos habituados. Também se por outro lado, o Natal faz lembrar o encontro com a família, este agora seria bem diferente, afinal, estava bem distante da família biológica. Mas seria a oportunidade para o encontro e partilha com uma família que o meu coração acolheu! Uma semana antes subimos até ao Uquende, uma das aldeias do Gungo, onde estava previsto a celebração do Natal com a comunidade. A semana foi preenchida de actividades com crianças, jovens e catequistas, afinal, o importante seria preparar os corações para acolher Aquele que, mais uma vez, vinha dar-nos a oportunidade de transformarmos a nossa vida. Mas o dia 24, como em quase todas as casas portuguesas, é reservado a preparar alguns miminhos para a ceia de Natal. Esse aspecto também estava providenciado. Da nossa parte, e em conjunto com algumas pessoas locais, fomos fazendo uma mistura de tradições portuguesas com as de Angola. E empenhadas para que tudo corresse bem, a hora da ceia aproximava-se. Já eram 19h quando um catequista veio até nós e muito timidamente perguntou: “Manas, desculpem incomodar, sei que vocês certamente têm muito que fazer, mas não acham que falta um Belenzinho?”. A princípio não estávamos a perceber bem o que o catequista queria dizer, só mais tarde percebemos: “Ah!!!! Falta-nos o presépio!!!!!”. Na Igreja não havia ainda nenhum sinal exterior de que estávamos nesta época natalícia. Mas rapidamente se reuniram algumas pessoas que nos ajudaram a fazer um dos presépios mais bonitos que já vi. A simplicidade de tudo o que existia à nossa volta, com a combinação dos trabalhos que havíamos realizado durante essa semana permitiu a beleza de um presépio de todos e para todos. A imagem da Nossa Senhora e de S. José foram adaptados dos fantoches que usámos no retiro com as crianças, o menino Jesus em barro tinha sido enviado pelo grupo missionário, em Portugal. À volta, a gruta era feita de capim que um catequista arranjou, a estrela era uma folha que um jovem carinhosamente dobrou, as flores foi uma mamã que apanhou. Poderia ser um presépio mais comunitário? Eram já 22h quando todos em procissão cantaram alegremente “Twendi com Belém”, vamos a Belém, e tenho a certeza que lá chegamos. Os cânticos foram cantados bem alto e tocaram lá bem no coração, naquele lugar onde os olhos começam a brilhar e o coração a tocar batuque. Foi um Natal diferente, muito diferente até! Afinal, não está nas coisas bonitas que compramos, ou nas frases bonitas que escrevemos. Encontramo-lo sim na nossa vida, com o amor que temos no coração e o colocamos ao serviço dos outros. Para todos, Onatale Yiwa (Feliz Natal). Mana Maria Inês Pereira

quinta-feira, dezembro 23, 2010

MCE saiu da garagem... e foi solidário

“Deixa de ser uma banda de garagem”. Foi com este lema, que exprime a vontade de sair de si para ir ao encontro dos outros, que o MCE (Movimento Católico de Estudantes) de Leiria resolveu realizar uma iniciativa que tivesse fins solidários. A ideia surgiu no acampamento que teve lugar no Verão passado. Depois de tomada a decisão, a questão era que projecto apoiar. Surgiu a ideia de canalizar a ajuda para o Grupo Missionário Ondjoyetu. Seguiram-se as reuniões para decidir local, data, moldes da iniciativa e modo de a levar por diante. Desde a primeira hora que o grupo missionário também deu o seu apoio, tendo também em conta que seria o beneficiário da iniciativa. O festival de sopas teve lugar na Barreira no passado dia 6 de Novembro. O empenho na organização e divulgação foram grandes e por isso o número de pessoas presente também foi bastante elevado. As sopas eram óptimas e tantas que dificilmente alguém terá provado de todas. No fim das sopas ainda houve bifanas e música com grupos de garagem. Pelo meio ainda houve a organização de dois sorteios; para o primeiro as rifas foram vendidas antes do dia das sopas, para o segundo, no próprio dia. E os prémios saíram mesmo porque foram sorteados à frente de todos. A todos os que estiveram presentes e/ou compraram rifas o nosso bem-haja. Saudamos os jovens do MCE pela iniciativa e pelo modo tão competente como a realizaram; foram incansáveis nos trabalhos de preparação e no próprio dia era muito agradável ver a alegria com que se dedicavam às várias tarefas com um magnífico entusiasmo. É de sublinhar como, sendo tão jovens, conseguiram rentabilizar ao máximo a iniciativa, aproveitando todas as oportunidades para angariar mais uns euros. O seu empenho e dedicação arrastaram outros e por isso também os restaurantes da região colaboraram com a oferta das sopas. Houve ainda outras empresas que colaboraram com outros meios. A ajuda de pais e outras pessoas mais velhas, ainda que sempre numa perspectiva de retaguarda, também lhes deram a confiança de que necessitavam para ir em frente. A paróquia da Barreira também deu um precioso contributo ao disponibilizar o espaço do salão de forma gratuita. No passado domingo, dia 12 de Dezembro, o grupo missionário foi convidado a estar presente na “missa do estudante”, em Leiria, onde foi entregue o cheque no valor de 2.395,73 €. Quando nos foi entregue o cheque senti uma grande emoção por este gesto de generosidade e perguntava-me: “porque não fizeram eles esta iniciativa para angariar fundos para as suas próprias despesas ou para alguma iniciativa ao nível do grupo?” Eles o sabem e Deus também. O Grupo Missionário Ondjoyetu agradece este acto de partilha e confiança. O montante é mais uma ajuda para podermos prosseguir a nossa missão no Gungo; mas o gesto significa que não estamos sozinhos e que Deus se faz presente neste trabalho por gestos como este. Parabéns jovens e que esta experiência fique no vosso coração como sinal da vossa capacidade de organização, trabalho e partilha.
P. Vítor Mira

quarta-feira, dezembro 15, 2010

O Amândio na Linha da Frente

Boa noite.
Mesmo há pouco estive a falar com o Amândio ao telefone. Esta semana ele está pelo Sumbe a ajudar em alguns trabalhos na paróquia da Pedra Um e a fazer algumas reparações no jipe e camião. O P. David está em retiro com outros padres.
Não deu para entrar em pormenores, mas o que falámos (e pelo que já sabia) deu para perceber que o Amândio está satisfeito, a integrar-se bem e a gostar muito da missão.
Toda a semana passada estiveram no Gungo, na aldeia do Uquende. O Amândio tem uma equipa de ajudantes que ao mesmo tempo são aprendizes. A fotografia da equipa de trabalho está publicada neste blogue, onde aparece o Amândio com um grupo de jovens. Já iniciaram os trabalhos de recuperação da capela daquela aldeia; as paredes eram de adobes e algumas ameaçavam cair. Agora estão a começar a fazer paredes novas em pedra, aprovitando para ampliar capela. Além disto, estiveram a trabalhar com a moagem, a fazer experiências para ver se a conseguem rentabilizar mais.
Na próxima semana irão para a Donga, futura sede da missão no Gungo, onde passarão o Natal e farão várias actividades com a comunidade, contando com a colaboração da Lina.
Aproveitamos para informar que a iniciativa do Amândio do passado Verão de semear melancias rendeu ao grupo missionário a quantia de 914,08 €. Todo o resultado da venda reverteu para o grupo.
Agradecemos ao Amândio a ideia e trabalho que teve e a todas as pessoas que colaboraram nesta iniciativa comprando e ainda a todos os que colaboraram na venda das mesmas.
Fica uma fotografia do Amândio a ensinar alguns adolescentes naquela que é a sua profissão, carpinteiro.
Um abraço e continuação de bom Advento.
P. Vítor Mira

sexta-feira, dezembro 10, 2010

Um olhar sobre Angola

Boa tarde amigos!
Venho-vos informar que a nossa exposição fotográfica vai estar no próximo domingo, dia 12, no Juncal.
Estão todos convidados a ver e apreciar as imagens do Gungo.
Um abraço missionário*

terça-feira, dezembro 07, 2010

A nossa equipa está no Uquende

Boa tarde amigos :)
Sei que muitos de vocês gostam de acompanhar a nossa equipa da linha da frente. Por isso aqui vão as mais recentes novidades.
A nossa equipa subiu ao Gungo na sexta-feira dia 03, para uma aldeia que se chama Uquende. Esta é uma das aldeias que mais visitamos porque também é a aldeia mais central demograficamente. Perto dessa aldeia tem uma Igreja que foi contruida no tempo colonial (que podemos ver na foto).
Durante esta visita, o mano Amândio vai aproveitar para trabalhar nalguns projectos como o da moagem, para que se possa rentabilizar melhor. Também está pensado em deitar abaixo as paredes de adobes da Igreja, para que se possa fazer uma nova. Porque estas já correm graves risco de desmoronamento. Para os vários trabalhos que o mano Amândio vai realizar, criou-se uma equipa de jovens que o acompanhará para que possam aprender com ele mais algumas coisas e melhorarem as suas técnicas. Upangue uwa equipa yetu (Bom trabalho nossa equipa) Estamos sempre juntos*